terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Quando trabalho

Há dias em que sou Poeta
Há dias que não sou ninguém
Há dias que todos me notam
e dias em que não me veêm.
Há dias que sou dono do mundo
e dias que o coração aperta
Mas são as noites em que todos dormem
que me fazem ainda mais poeta

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Desejo de Viver

Enquanto todos procuram a saida pela razão
Pra mim, a única saida é a confusão
Confusão de cores, pernas, sentimentos
Quero que se fodam os procedimentos

Quero trair amando, e me arrepender porém
Pra não morrer de tédio enquanto você não vem
Quero andar de trem, carro, disco-voador
Ir durmir em Belem, acordar no Arpoador

Quero sentir dor, para alguem me ajudar
E fazendo pura manha, gritar, negar
Quero sentir frio em pleno verão
Quando pendurando, soltar sua mão

Me entregar à noite, comer mil mulheres
Talvez achar uma que diga que me queres
E num repente, eu paro como quem recua
Me pego embobado, tolo, namorando a lua

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Foi dito

Todo dia a vida se refaz
Como no cais, quando os homens partem se saber se voltarão
Todo dia a vida se refaz
Como na paz, nos olhos de um filho junto a sua mãe
Todo dia a vida se refaz
Pois são banais, o motivos que nos levam a chorar
Todo dia a vida se refaz
Disse lá atrás, o querido filho do criador.

Arhur Brok

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Perdas

Em alguns momentos me perdi
As vezes pela fumaça que insisto em tragar
Outras vezes pela brisa e as ondas do mar.

Nas curvas de uma ou de outra menina
As vezes na rima, que teima em não vir

Perdi a hora. Perdi a vontade
Perdi meu tempo. Minha mocidade
Perdi a cabeça e até mesmo a razão.

Já perdi amores, de alma e tesão
Perdi tanta coisa que já não sei mais.

Perdi a conta a algum tempo atrás.

Só não perco a esperança
De um dia já velho
Rir como criança
Sem nunca perder a ternura.

Arhur Brok

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Saudades

A saudade não existe
Existe a lembrança e a dor
Lembranças.....que doem
Que saudades de você
...Meu pai...Meu herói.


Filho de Julio Cesar Brok

domingo, 27 de dezembro de 2009

Perfeição

Pudesse eu melhorar o céu
Faria sem titubiar
Tornaria as estrelas mais brilhantes
Decretando eterno o luar.

Pudera eu lapidar o mar
Um artesão que quer sempre mais
Clarear as aguas, colorir os peixes
E trazer fartura aos homens do cais.

Só a ti nem lapido nem melhoro
Pois quando te olho, mesmo distante
Tenho a mais clara impressão de estar diante
Da pura e sublime perfeição

Arthur Brok

O tempo

Nem sempre o tempo é tempo
Hora passa como quer
E não como quer o relógio

Vezes rápido, vezes lento
Relógio que não marca o tempo
Pois o tempo é quem marca.

Quanto tempo que faz tempo?
E, quanto o tempo faz?

Faz esquecer e disdoer
A dor que a um tempo atrás
Acreditei ser a maior
Porque era dor demais.

Foi-se o tempo.....
Foi-se a dor...

E a lembrança, não doída
De tempo em tempo se renova
E na cova, quando meu tempo vier
(e ai de vir)
Dessa dor já esquecida, venha eu a me lembrar. E rir.

Hoje faz sol !... Que tempo bom!

Arthur Brok